A semana foi marcada pela tentativa de reação dos preços futuros da soja na Bolsa de Chicago. Com o dólar em alta e preços firmes, as cotações domésticas melhoraram, assim como o ritmo dos negócios. O relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no dia 11, teve pouco impacto no mercado, apresentando dados considerados neutros.
Para a safra norte-americana de soja de 2025/26, o relatório indicou uma produção de 4,335 bilhões de bushels, equivalente a 117,98 milhões de toneladas, com produtividade estimada em 52,5 bushels por acre. No relatório anterior, os números eram ligeiramente diferentes, com 4,340 bilhões de bushels (118,11 milhões de toneladas) e a mesma produtividade. O mercado esperava uma produção de 4,331 bilhões de bushels (117,87 milhões de toneladas). Os estoques finais projetados para 2025/26 são de 310 milhões de bushels, ou 8,44 milhões de toneladas, acima dos 295 milhões do relatório anterior. Para a temporada 2024/25, o USDA indicou estoques de passagem de 350 milhões de bushels, abaixo da estimativa de mercado.
A projeção de safra mundial de soja para 2025/26 é de 427,68 milhões de toneladas, enquanto para 2024/25 a previsão é de 422 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 126,1 milhões de toneladas. No caso da safra brasileira de 2025/26, a projeção é de 175 milhões de toneladas. Já para 2024/25, a estimativa foi mantida em 169 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo da expectativa do mercado. Na Argentina, a projeção para 2025/26 é de 48,5 milhões de toneladas, com a safra 2024/25 revisada para 49,9 milhões de toneladas. As importações chinesas foram estimadas em 112 milhões de toneladas para 2025/26, mas houve um ajuste para baixo para 2024/25.
O mercado brasileiro de soja registrou um grande volume de negócios nesta semana, tanto nos portos quanto no interior do país. De acordo com o analista Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado, a combinação de alta na Bolsa de Chicago e um dólar favorável ao longo da semana contribuiu para o avanço das negociações. Os prêmios nos portos apresentaram pouca oscilação, sustentados por uma demanda firme. No interior, o basis permaneceu fortalecido, com boas oportunidades de venda, o que incentivou os produtores a comercializar o grão. “Como resultado, tivemos um spread positivo e um dia de forte movimentação no mercado”, conclui Silveira.
As cotações da soja em algumas praças importantes são as seguintes: Passo Fundo (RS): R$ 132; Rio Grande (RS – porto): R$ 140; Cascavel (PR): R$ 131; Paranaguá (PR): de R$ 138 para R$ 139; Rondonópolis (MT): R$ 120.