O mercado brasileiro de soja registrou firmeza nos preços na quarta-feira (16), sustentado pela valorização dos contratos futuros em Chicago e pela estabilidade do dólar comercial. Segundo Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, o cenário favoreceu negociações em bons volumes, especialmente nos portos, mas também com avanços nas regiões produtoras do interior.
De acordo com Silveira, os prêmios portuários apresentaram pequenas variações e os preços já operam acima da paridade de exportação, o que tem estimulado a comercialização por parte dos produtores.
As cotações registradas nesta quarta foram: Passo Fundo (RS), R$ 132; Santa Rosa (RS), R$ 133; Porto de Rio Grande (RS), R$ 140 (alta de R$ 3); Cascavel (PR), R$ 131; Porto de Paranaguá (PR), R$ 138; Rondonópolis (MT), R$ 120; Dourados (MS), R$ 122; e Rio Verde (GO), também R$ 122.
Na Bolsa de Chicago, os contratos de soja subiram em meio à cobertura de posições vendidas e expectativas de aumento na demanda global, após anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e Indonésia. O governo Trump anunciou tarifa de 19% para produtos indonésios, mantendo isenção para produtos norte-americanos, o que favorece o escoamento da soja dos EUA.
Além disso, exportadores privados relataram ao USDA a venda de 120 mil toneladas de soja para destinos ainda não revelados, com entrega prevista para a safra 2025/26. O relatório de esmagamento de junho veio levemente acima do esperado, o que reforçou o viés positivo do mercado.
O contrato de agosto da soja fechou a US$ 10,13 1/2 por bushel, com alta de 1,87%, enquanto o contrato de novembro terminou a US$ 10,20 1/2 por bushel. No mercado de derivados, o farelo para agosto subiu 1,16%, e o óleo de soja teve alta de 0,47%.
O dólar comercial teve leve valorização de 0,04% e encerrou o dia cotado a R$ 5,5609 para venda, após oscilar entre R$ 5,5408 e R$ 5,5943 ao longo da sessão.
