Mercado competitivo estabiliza preços domésticos da carne de frango

Embargo de China e União Europeia segue preocupando setor, mas oferta equilibrada garante estabilidade

- Da Redação, com Safras & Mercado
21/07/2025 09h43 - Atualizado há 15 horas
Mercado competitivo estabiliza preços domésticos da carne de frango
Foto: Reprodução

O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis tanto no vivo quanto no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o equilíbrio entre oferta e demanda tem sido o principal fator para a sustentação das cotações no curto prazo.

Maia relembra que a União Europeia e a China ainda mantêm embargos sobre a carne de frango brasileira, o que dificulta a normalização do fluxo de exportação. Apesar disso, o custo de nutrição acomodado no momento tem favorecido as margens da atividade de forma geral.

No atacado, há expectativas positivas para o consumo, mesmo na segunda quinzena, considerando que os cortes de frango apresentam um bom nível de competitividade em relação a produtos concorrentes, principalmente a carne bovina.

Segundo levantamento da Safras & Mercado, no atacado de São Paulo, os preços dos cortes congelados de frango não apresentaram mudanças: o quilo do peito permaneceu em R$ 10, o da coxa em R$ 6,90 e o da asa em R$ 10,40. Na distribuição, os preços também se mantiveram estáveis: peito a R$ 10,10, coxa a R$ 7 e asa a R$ 10,60.

Para os cortes resfriados, o cenário foi similar: peito a R$ 10,10, coxa a R$ 6,90 e asa a R$ 10,50 no atacado, e na distribuição, peito a R$ 10,20, coxa a R$ 7,10 e asa a R$ 10,70.

No levantamento semanal nas principais praças de comercialização do Brasil, o quilo vivo em Minas Gerais subiu de R$ 5,70 para R$ 5,75, enquanto em São Paulo permaneceu em R$ 5,80. Na integração catarinense, a cotação do frango continuou em R$ 4,70. No oeste do Paraná, a integração manteve-se em R$ 4,80, e no Rio Grande do Sul, em R$ 4,75.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo subiu de R$ 5,55 para R$ 5,60, em Goiás de R$ 5,65 para R$ 5,70, e no Distrito Federal, de R$ 5,70 para R$ 5,75. Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 6,00, no Ceará em R$ 6,20 e no Pará em R$ 6,50.

As exportações brasileiras de carne de aves e miudezas comestíveis (frescas, refrigeradas ou congeladas) renderam US$ 266,953 milhões em julho (9 dias úteis), com média diária de US$ 29,661 milhões. O volume total exportado atingiu 150,289 mil toneladas, com média diária de 16,698 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 1.776,3.

Em relação a julho de 2024, houve um recuo de 17,1% no valor médio diário, uma baixa de 11,8% na quantidade média diária e uma queda de 6% no preço médio, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.


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