O setor de suinocultura independente enfrenta uma forte retração nos preços neste mês de julho. Em diversas regiões do país, a cotação do quilo vivo do suíno caiu significativamente, pressionada pela demanda interna enfraquecida e pelas incertezas em relação ao comércio internacional, especialmente com os Estados Unidos.
Em São Paulo, segundo a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço caiu 2,51%, saindo de R$ 8,75 para R$ 8,53/kg vivo. Em Minas Gerais, a desvalorização foi de 2,44%, segundo a Asemg, com o quilo passando de R$ 8,20 para R$ 8. Já em Santa Catarina, maior polo produtor do país, a queda foi ainda mais acentuada, de 3,68%, com o preço recuando de R$ 8,15 para R$ 7,85/kg.
De acordo com especialistas, o recuo é resultado de uma combinação de fatores. “Há a fragilidade recente do próprio mercado de suínos e o ruído vindo dos EUA. A incerteza sobre tarifas já afeta as exportações e cria um ambiente de insegurança para diversos setores”, avaliou Alvimar Jalles, consultor da APCS.
Losivânio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), destacou que a queda abrupta registrada no estado é reflexo de especulações econômicas. “O setor está vulnerável e sem respostas claras quanto ao futuro das exportações”, disse.
No Paraná, os dados do Indicador do Preço do Kg vivo do Suíno LAPESUI/UFPR mostram queda semanal de 2,78%, fechando a R$ 8,02. Em um comparativo mensal, a queda é de 2,68%, revelando uma tendência nacional de retração de preços no setor.
