O mercado brasileiro de milho registrou queda nos preços em boa parte das regiões produtoras na última semana, em meio ao avanço da colheita da segunda safra. Apenas Paraná e Goiás escaparam da pressão baixista, com o produtor local ainda retendo oferta na esperança de valores melhores.
De acordo com a Safras Consultoria, à medida que o trabalho de campo ganha ritmo, os preços tendem a ceder. Já nas áreas onde a colheita está mais lenta, o agricultor mantém postura defensiva, ajudando a sustentar as cotações. O consumidor, por outro lado, aposta que o movimento de baixa continuará e evita grandes compras neste momento.
No mercado externo, o milho operou com forte volatilidade na Bolsa de Chicago. O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos EUA pressionou os preços até a metade da semana, mas a partir de quarta-feira o mercado passou a se reposicionar aguardando o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta sexta-feira e pode trazer cortes nas projeções da safra e nos estoques norte-americanos.
No Brasil, a saca foi cotada a R$ 60,39 no dia 10, recuo de 1,19% em relação à semana passada. O Paraná teve alta de 3,45%, com o milho em Cascavel a R$ 60,00. Já em Campinas/CIF houve queda de quase 3%, para R$ 66,00, e na Mogiana paulista o cereal caiu para R$ 62,00. Em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço ficou estável em R$ 52,00. No Rio Grande do Sul, Erechim manteve o valor de R$ 69,00.
As exportações de milho somaram US$ 28,1 milhões nos primeiros quatro dias úteis de julho, com 120,7 mil toneladas embarcadas. Apesar do preço médio de US$ 233,30 por tonelada ter subido 18% frente a julho de 2024, o volume caiu 80%, refletindo a preferência do produtor por atender o mercado interno neste momento de transição da colheita.
