Já está disponível a versão atualizada do mapa de aptidão agrícola das terras brasileiras. Elaborado por pesquisadores da Embrapa Solos e do IBGE, com apoio do Ministério da Agricultura, o material apresenta o potencial produtivo de diferentes regiões para lavouras, pastagens e silvicultura, e poderá orientar políticas públicas, investimentos e decisões de produtores rurais.
O mapa foi desenvolvido na escala 1:500.000 e classifica as áreas em diferentes níveis de manejo — de simples (nível A) a altamente tecnificado (nível C). Também são indicadas áreas com potencial limitado, onde o uso ideal pode ser pastagem natural ou conservação ambiental. A proposta é avaliar atributos como fertilidade, erosão, excesso de água, mecanização e impedimentos ao enraizamento para silvicultura. Ao todo, são sete graus de limitação para uso agrícola.
Segundo o pesquisador Amaury de Carvalho Filho, da Embrapa, a ferramenta permite identificar vocações regionais das terras e adequar o uso à capacidade de investimento dos agricultores. “Uma área não apropriada para mecanização em grande escala pode ser ideal para agricultura familiar, com boas condições de retorno econômico usando menos capital”, explica.
A metodologia inclui inovações, como a avaliação digital conjunta de diferentes usos e níveis tecnológicos. O mapa também indica áreas inaptas ao uso agrícola, destinadas à preservação. Foram excluídas da avaliação as áreas de proteção integral, terras indígenas e regiões não desmatadas da Amazônia Legal.
Com base em dados do Mapa de Solos do Brasil, mapas de conservação ambiental e imagens de satélite, o estudo estabelece uma abordagem integrada para todo o território nacional. A nova ferramenta já pode ser consultada gratuitamente nas plataformas GeoInfo e PronaSolos, oferecendo um panorama detalhado da aptidão das terras brasileiras.