O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira (21) de preços firmes, com cotações de estáveis a mais altas nas principais regiões produtoras. A alta na Bolsa de Chicago e a valorização dos prêmios nos portos impulsionaram os negócios no mercado interno, que também se beneficiou de uma demanda aquecida, tanto da indústria quanto para exportação.
De acordo com o consultor Rafael Silveira, da Safras & Mercado, houve avanço nas vendas com bom volume e otimismo dos produtores, que também começaram a fechar contratos antecipados para a safra de 2026. “A sessão foi marcada por maior movimentação nas negociações e pela presença ativa da indústria”, destacou Silveira.
Entre as principais praças de comercialização, os destaques foram os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Em Cascavel (PR), a saca de 60 kg subiu de R$ 126 para R$ 129. Em Paranaguá (PR), o preço foi de R$ 132,50 para R$ 135. No Rio Grande do Sul, Santa Rosa avançou de R$ 130 para R$ 131, e Rio Grande foi de R$ 134 para R$ 135. Em Passo Fundo (RS), o valor se manteve em R$ 130.
Outras regiões também apresentaram ganhos. Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 114 para R$ 115. Dourados (MS) registrou alta de R$ 117,50 para R$ 118,50. Já em Rio Verde (GO), o preço permaneceu estável em R$ 117.
No mercado internacional, os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam em alta. A valorização foi influenciada por chuvas excessivas na Argentina, que podem prejudicar lavouras, além da elevação de outras commodities, como trigo e milho, e a desvalorização do dólar frente a outras moedas.
O contrato de julho da soja subiu 9,75 centavos de dólar, para US$ 10,62 3/4 por bushel. A posição de novembro teve alta de 8,75 centavos, sendo cotada a US$ 10,59 por bushel. O farelo de soja para julho avançou US$ 1,50, para US$ 294,10 por tonelada, enquanto o óleo de soja subiu 0,33 centavo, fechando em 49,83 centavos de dólar por libra-peso.
O dólar comercial fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,6406 para venda e R$ 5,6386 para compra. A desvalorização da moeda norte-americana também ajudou a sustentar os preços da soja no mercado brasileiro.