Mercado do boi gordo volta a registrar quedas após curta estabilidade

Oferta elevada e escalas de abate confortáveis propiciam cenário de baixa nos preços

- Da Redação, com Canal Rural
16/05/2025 08h52 - Atualizado há 1 dia
Mercado do boi gordo volta a registrar quedas após curta estabilidade
Foto: Divulgação

O mercado físico do boi gordo enfrentou nova pressão de baixa nos preços nesta quinta-feira (15), refletindo um cenário de oferta elevada e escalas de abate ainda confortáveis nas indústrias frigoríficas. Segundo dados da consultoria Safras & Mercado, as escalas continuam posicionadas entre oito e nove dias úteis, o que indica tranquilidade no ritmo de compra das indústrias e reduz a urgência por novos negócios.

Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, aponta a sazonalidade como fator determinante nesse comportamento. “A maior disponibilidade de oferta nesta época do ano é típica, com destaque para o elevado volume de fêmeas, especialmente na Região Norte, o que tem garantido escalas mais longas e pressão sobre os preços”, explicou.

Em São Paulo, a arroba do boi gordo foi negociada a R$ 308,27, ligeiramente abaixo dos R$ 309,25 registrados no dia anterior. Em Goiás, a média caiu para R$ 290,71, frente aos R$ 291,79 do último levantamento. Em Minas Gerais, houve leve avanço, com a arroba cotada a R$ 295, contra R$ 294,71 na quarta-feira. Já no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, os preços também recuaram, com as médias em R$ 302,27 e R$ 299,32, respectivamente.

No mercado atacadista de carne bovina, os preços também recuaram diante de um consumo mais contido na segunda quinzena do mês, quando o poder de compra da população tende a ser menor. Iglesias observa que o cenário favorece proteínas mais baratas, como carne de frango, ovos e embutidos, o que limita o espaço para reajustes positivos na carne bovina.

Entre os principais cortes, o quarto traseiro foi negociado a R$ 24 por quilo, queda de R$ 1 em relação à cotação anterior. O quarto dianteiro caiu para R$ 19,50 por quilo, também recuo de R$ 1, enquanto a ponta de agulha teve queda de R$ 0,50, sendo vendida a R$ 18 por quilo. A tendência, segundo os analistas, é de manutenção desse cenário de preços pressionados, pelo menos no curto prazo.


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