Mercado do boi gordo permanece em trajetória de queda com alta oferta

Abastecimento nos frigoríficos e aumento da oferta de fêmeas pressionam valores para baixo

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
14/05/2025 09h05 - Atualizado há 1 dia
Mercado do boi gordo permanece em trajetória de queda com alta oferta
Foto: Divulgação / Embrapa

O mercado do boi gordo permaneceu em trajetória de quedas nesta terça-feira (13). Compradores tentaram impor valores mais baixos nas negociações, especialmente sobre o chamado “boi China”, cuja cotação caiu R$3,00 por arroba, sendo negociado a R$317/@. Ainda assim, a arroba do boi destinado ao mercado externo segue com um ágio de R$2 frente ao boi gordo comum, que permanece cotado em R$315/@ em São Paulo.

Já os preços da vaca e da novilha não apresentaram variação, mantendo-se em R$280/@ e R$298/@, respectivamente. As escalas de abate estão confortáveis, com média de atendimento de dez dias, o que reforça o cenário de pouca urgência na reposição por parte dos frigoríficos.

Na Bahia, mais precisamente na região Oeste, o destaque do dia foi a queda de R$3/@ na cotação da novilha, que agora é negociada a R$272/@. O boi gordo segue valendo R$285/@ e a vaca R$257/@. Não há referências atuais para o “boi China” no estado. As escalas de abate se encontram ainda mais alongadas do que no Centro-Sul, alcançando uma média de 13 dias.

Em Rondônia, na região Sudeste do estado, as cotações do boi gordo, de R$270/@, e da vaca, de R$250/@, permaneceram estáveis, apesar da crescente pressão por preços menores. A novilha, por sua vez, registrou queda de R$5/@, sendo agora negociada a R$255/@. O “boi China” está cotado em R$270/@, sem ágio. As escalas de abate na região atendem, em média, a 11 dias.

Mesmo diante de uma postura mais cautelosa por parte dos compradores, os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Abate, divulgados hoje pelo IBGE, mostram que o setor mantém desempenho firme. No primeiro trimestre de 2025, o abate de bovinos somou 9,7 milhões de cabeças, o que representa um crescimento de 3,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. O volume é recorde para trimestres iniciais, refletindo o bom momento da produção, apesar da volatilidade pontual nos preços.


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