Mercado do boi gordo segue em queda com ampla oferta e demanda moderada

Preços da arroba iniciam a semana com recuos nas principais praças pecuárias do país

- Da Redação, com Canal Rural
13/05/2025 08h33 - Atualizado há 21 horas
Mercado do boi gordo segue em queda com ampla oferta e demanda moderada
Foto: Reprodução

As cotações do boi gordo iniciaram a semana com nova desvalorização nesta segunda-feira (12), pressionadas pela boa disponibilidade de animais para abate e pelo comportamento mais cauteloso da demanda. Segundo análise da consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos brasileiros estão operando com escalas de abate confortáveis, atendendo entre sete e nove dias úteis de produção sem dificuldades de abastecimento.  

O analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, explica que o atual momento do mercado reflete fatores sazonais típicos do período, além do aumento na oferta de fêmeas na região Norte do país. "O único elemento de sustentação vem do bom desempenho das exportações, que continua sendo o ponto positivo da demanda neste ano de 2025", comenta o especialista.  

Nas principais praças pecuárias do país, a arroba do boi gordo apresentou os seguintes preços médios: São Paulo a R$ 311,25; Mato Grosso a R$ 308,38; Mato Grosso do Sul a R$ 303,86; Minas Gerais a R$ 298,24; e Goiás a R$ 293,75.  

No segmento atacadista, os preços da carne bovina mostraram estabilidade, sem grandes movimentos de alta no curto prazo. Os principais cortes mantiveram-se nos seguintes valores: quarto traseiro a R$ 24 por quilo, dianteiro a R$ 19,50 por quilo e ponta de agulha a R$ 18 por quilo.  

No mercado cambial, o dólar comercial encerrou o dia com valorização de 0,53%, sendo negociado a R$ 5,6845 para venda. A moeda norte-americana chegou a oscilar entre R$ 5,6601 e R$ 5,7061 durante a sessão. Esse movimento pode oferecer algum estímulo adicional às exportações do setor. 

A expectativa para as próximas semanas é de manutenção da pressão sobre os preços, dada a combinação entre oferta interna elevada e demanda doméstica mais contida. Os pecuaristas devem acompanhar com atenção a evolução tanto do mercado interno quanto dos embarques externos, que seguem como principal fator de sustentação para o setor.  


Notícias Relacionadas »