A fila de navios para carregar açúcar nos portos brasileiros apresentou crescimento na última semana, atingindo 64 embarcações ante as 59 registradas dias dias antes. Os dados da agência marítima Williams Brasil mostram que está programado o carregamento de 2,484 milhões de toneladas, volume ligeiramente superior às 2,464 milhões de toneladas da semana precedente.
O Porto de Santos continua sendo o principal ponto de escoamento, com 1,573 milhão de toneladas agendadas. Em seguida aparecem Paranaguá (617,2 mil toneladas), São Sebastião (62,9 mil toneladas), Imbituba (66 mil toneladas), Maceió (88,7 mil toneladas), Recife (55,9 mil toneladas) e Itajaí (20 mil toneladas). A carga é composta principalmente por açúcar VHP (2,348 milhões de toneladas), além de volumes menores de TBC, Cristal B150 e Refinado A45.
Contrastando com esse cenário de aumento nos embarques programados, os dados de abril mostram retração nas exportações efetivas. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, o mês registrou embarques de 1,555 milhão de toneladas, queda de 17,6% ante abril de 2024. A receita diária média recuou 24,2%, para US$ 35,988 milhões, enquanto o preço médio caiu 7,9%, ficando em US$ 462,30 por tonelada.
O volume médio diário exportado em abril foi de 77,788 mil toneladas, representando diminuição de 17,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esses números indicam que, apesar do aumento recente na programação de embarques, o mercado internacional de açúcar ainda enfrenta desafios em termos de preços e demanda.
Analistas observam que o crescimento atual na fila de navios pode sinalizar uma recuperação gradual, mas o desempenho efetivo das exportações nos próximos meses dependerá da evolução dos preços internacionais e da capacidade de escoamento dos portos brasileiros.