Na coluna Gestão Robusta desta sexta-feira (9), André Luiz Casagrande fala sobre o impacto das verminoses bovinas na pecuária brasileira, tema central abordado pela médica-veterinária Marcella Vilhena, da Syntec. Esses parasitas intestinais comprometem seriamente a produtividade do rebanho, afetando ganho de peso, fertilidade e produção de leite, além de elevarem os custos operacionais das fazendas. Como a maioria dos casos evolui de forma crônica e subclínica, os prejuízos geralmente são silenciosos, exigindo manejo sanitário eficiente e constante.
Entre as estratégias destacadas para um controle eficaz das verminoses estão o conhecimento da epidemiologia local, o uso estratégico de exames como OPG, a rotação de princípios ativos nos vermífugos e práticas como vedação de pastagens e quarentena para novos animais. Marcella ressalta a importância de uma abordagem individualizada, com monitoramento contínuo para ajustar os protocolos e maximizar os resultados com o menor custo possível.
A tecnologia tem sido uma aliada poderosa no combate aos parasitas, com avanços como identificação de animais mais resistentes por DNA metilado, desenvolvimento de antiparasitários mais eficazes e pesquisas em vacinas. Além disso, sistemas integrados como a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) também contribuem para o controle sanitário, promovendo um ambiente mais equilibrado.
Para a especialista, o sucesso dessa abordagem depende diretamente da capacitação técnica das equipes. O uso correto das tecnologias, aliado a uma gestão eficiente, evita desperdícios, reduz a resistência dos vermes e melhora a rentabilidade. A formação contínua do produtor e seus colaboradores é essencial para garantir sustentabilidade, produtividade e competitividade na pecuária nacional.
Leia mais na coluna Gestão Robusta. Boa leitura!