Opinião: Pressão negativa na arroba do boi aumenta e pecuarista resiste

Chegada do Dia das Mães e aumento do consumo devem influenciar o mercado nos próximos dias

- Da Redação
06/05/2025 10h00 - Atualizado há 1 dia
Opinião: Pressão negativa na arroba do boi aumenta e pecuarista resiste
Foto: Reprodução

Na coluna De Olho no Mercado desta terça-feira (6), Fabiano Reis comenta sobre os primeiros sinais de que o final da safra de bois já pode estar ocorrendo em algumas regiões do Brasil. Após o feriado, o mercado sofreu forte pressão com queda nas propostas de compra, embora pecuaristas com pastagens de qualidade ainda resistam à baixa dos preços, aguardando melhores oportunidades. Apesar da primeira quinzena de maio trazer expectativa de aumento no consumo, especialmente com o Dia das Mães, os preços praticados nos abates de 10 a 15 dias atrás eram consideravelmente mais atrativos.

Mesmo com as escalas industriais mais alongadas em alguns estados, os bovinos abatidos agora só chegarão às prateleiras no final de maio ou início de junho. Isso reforça a ideia de que, apesar dos sinais, ainda não se trata do fim efetivo da safra, mas sim de um estágio avançado dela. A reposição da carne no varejo ocorrerá justamente durante o período de maior apelo promocional e liquidação pós-Dia das Mães.

As ofertas mais recentes mostram recuos expressivos nos preços da arroba, variando entre R$ 10 e R$ 15. Com isso, os valores ficaram em torno de R$ 315 em São Paulo e Mato Grosso do Sul, e R$ 323 em Mato Grosso. Essa retração, embora natural para o período, parece ter se antecipado em relação aos anos anteriores.

Para o pecuarista, o cenário é de alerta. Estados como MS e MT ainda têm condição de resistir, graças à boa oferta de pasto. Em contrapartida, em regiões como Goiás, Minas Gerais e São Paulo, a situação é mais crítica. A semana tende a manter a pressão negativa sobre os preços, exigindo reavaliação das estratégias de manejo, como densidade animal por hectare, rotação de pastagem e custo da arroba estocada “viva” no campo.

Leia mais na coluna De Olho no Mercado. Boa leitura!


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