Expectativas para mercado do boi gordo no curto e médio prazo

Com aumento de consumo e maior pressão, mercado bovino deve apresentar variações nas próximas semanas

- Da Redação
29/04/2025 09h46 - Atualizado há 3 dias
Expectativas para mercado do boi gordo no curto e médio prazo
Foto: Arquivo pessoal

Na coluna De Olho no Mercado desta terça-feira (29), o destaque vai para os diferentes cenários que se desenham para a pecuária de corte no curto, médio e longo prazo. No curtíssimo prazo, a expectativa gira em torno do consumo interno impulsionado pelo início do mês e a celebração do Dia das Mães, que tradicionalmente estimula a demanda por carne bovina. Já no longo prazo, os efeitos da seca começam a ser precificados, com impacto nas escalas e na valorização da arroba, projetando valores na faixa de R$ 350 para os últimos meses do ano.

No médio prazo, os efeitos do fim da safra devem ser sentidos de forma desigual entre os estados, dependendo das condições climáticas recentes. Enquanto regiões como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ainda apresentam bom nível hídrico, outras já sofrem com a redução das pastagens, o que tende a acelerar o descarte e pressionar os preços. Essa dinâmica regional reforça a estratégia das indústrias de deslocar as compras conforme a oferta e o custo-benefício entre as praças.

Apesar desse movimento nos bastidores do mercado físico, o consumo doméstico continua comprometido. Pesquisa do Instituto Paraná mostra que apenas 18,9% dos brasileiros sentiram melhora financeira recente, o que ajuda a explicar o afastamento da carne bovina de qualidade, como a picanha, do prato do consumidor. Mais da metade dos entrevistados (quase 80%) relatam estagnação ou piora no orçamento familiar.

Por outro lado, as exportações seguem firmes: até a quarta semana de abril, o Brasil já havia embarcado 211,5 mil toneladas de carne bovina, superando o mesmo período do ano anterior. A média diária de exportações cresceu 31,8% em relação a abril de 2024, e o preço médio por tonelada atingiu US$ 5.021,2, alta de 10,8%. Os números mostram a força do mercado externo, compensando as dificuldades enfrentadas no consumo interno.

Leia mais na coluna De Olho no MercadoBoa leitura!


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