O uso de drones na agricultura tem se consolidado como uma das principais estratégias para promover uma produção mais sustentável e eficiente. De acordo com o novo Relatório Anual de Perspectivas da Indústria de Drones Agrícolas da DJI, somente em 2024, o uso desses equipamentos contribuiu para uma economia global de 222 milhões de toneladas de água e evitou a emissão de mais de 30 toneladas de dióxido de carbono (CO₂).
Os dados refletem o impacto crescente da tecnologia no campo e seu alinhamento com a agenda ambiental. Para Yuan Zhang, diretor global de vendas da DJI Agriculture, os benefícios vão além do aumento da produtividade. “A adoção de drones agrícolas está diretamente conectada à agenda ESG. Não se trata apenas de otimizar custos, mas de reduzir pegadas ambientais, proteger recursos hídricos e oferecer soluções mais seguras tanto para o meio ambiente quanto para os profissionais no campo”, afirma.
Segundo o relatório, os drones da DJI chegaram a reduzir em até 95% o uso de água em comparação com pulverizadores tradicionais. Além disso, o uso de defensivos é feito com mais precisão, o que diminui o desperdício de produtos químicos e o risco de contaminação de solos e fontes de água.
Com alta precisão e cobertura aérea, os drones ainda apresentam outras vantagens, como a eliminação da compactação do solo — causada por tratores pesados — e a redução da emissão de gases de efeito estufa, uma vez que dispensam o uso de máquinas movidas a diesel.
“A pulverização tradicional demanda grandes volumes de água, combustível e mão de obra. Com os drones, conseguimos aplicar defensivos com mais precisão, em menor quantidade e sem causar impactos no solo ou nas culturas”, explica Zhang.
Para o executivo, o Brasil está bem posicionado para liderar a transformação rumo a uma agricultura mais verde. “O país tem um enorme potencial para liderar a transição para uma agricultura mais sustentável, e os drones são uma das ferramentas mais poderosas nesse processo”, conclui.