Na véspera de feriado, os preços de soja registram queda no Brasil com pressão de Chicago

Clima nos EUA e Argentina, Além da Incerteza no Mercado Global, Influenciam Cotação da Commodities

- Da Redação, com Canal Rural
02/05/2025 09h40 - Atualizado há 1 dia
Na véspera de feriado, os preços de soja registram queda no Brasil com pressão de Chicago
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja apresentou um dia de preços fracos na quarta-feira, 30 de abril, véspera de feriado, com cotações estáveis ou em queda. Segundo Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, a movimentação no mercado foi bastante limitada, sem registros de negócios significativos. A pressão dos contratos futuros na Bolsa de Chicago, que apresentaram queda, e a alta do dólar ajudaram a limitar os impactos negativos.
 

Nos principais estados produtores do Brasil, os preços da soja recuaram. Em Passo Fundo (RS), o valor caiu de R$ 128 para R$ 127, enquanto em Santa Rosa (RS o preço passou de R$ 129 para R$ 128. No Porto de Rio Grande (RS), a cotação recuou de R$ 134 para R$ 133,50, e em Cascavel (PR), de R$ 129 para R$ 127. O Porto de Paranaguá (PR) também viu uma queda, de R$ 134 para R$ 132, enquanto em Rondonópolis (MT), o preço diminuiu de R$ 116 para R$ 115. Dourados (MS) manteve o preço estável, com o valor permanecendo em R$ 118,50. Já Rio Verde (GO) viu uma leve queda, passando de R$ 115 para R$ 114.
 

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) também encerraram o dia em baixa, afetando os preços no Brasil. A queda foi acentuada pela aceleração do plantio nos Estados Unidos e pela previsão de um clima favorável para a colheita na Argentina. Esses fatores pressionaram as cotações, além da continuidade das incertezas em relação à guerra comercial entre China e Estados Unidos, que geram uma percepção de possível desaquecimento na demanda global, especialmente por parte da maior compradora de soja do mundo.
 

No mercado financeiro, a queda do PIB dos Estados Unidos também gerou uma aversão ao risco, influenciando negativamente o mercado de commodities. O petróleo teve uma forte queda, e o dólar, apesar de estar em um patamar relativamente baixo, avançou frente a outras moedas. No fechamento de quarta-feira, o dólar comercial estava cotado a R$ 5,6750 para venda e R$ 5,6730 para compra, com uma alta de 0,78% no dia.
 

Os contratos futuros de soja em grão para maio fecharam a US$ 10,34 3/4 por bushel, com uma queda de 6,25 centavos (0,60%), e a posição para julho caiu 8,25 centavos (0,76%), fechando a US$ 10,44 1/2 por bushel. No mercado de subprodutos, o farelo de soja para julho recuou US$ 0,20 (0,06%), para US$ 298 por tonelada, enquanto o óleo de soja caiu 0,36 centavo (0,72%), fechando a 48,97 centavos de dólar por libra-peso.

 

 


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