O mercado físico de boi gordo continua a enfrentar uma tendência de queda, impulsionada pelo aumento da oferta de animais e pelas escalas de abate mais folgadas nos frigoríficos. Esse movimento segue a sazonalidade prevista para o segundo trimestre, período em que a deterioração das pastagens dificulta a retenção dos animais no campo, ampliando a oferta.
Apesar da pressão sobre os preços, a expectativa de um alívio na primeira quinzena de maio se mantém. De acordo com Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o consumo interno tende a ser impulsionado pelo pagamento de salários e pela proximidade do Dia das Mães, enquanto as exportações continuam em níveis elevados. Esses fatores devem sustentar o mercado e limitar a queda nos preços.
Atualmente, as cotações do boi gordo variam entre os estados brasileiros. Em São Paulo, o preço é de R$ 321,33, enquanto em Goiás está cotado a R$ 300,18, em Minas Gerais a R$ 316,18, em Mato Grosso do Sul a R$ 322,39 e em Mato Grosso a R$ 323,89.
No mercado atacadista, os preços continuam estáveis, com o quarto traseiro cotado a R$ 25,00 por quilo, o quarto dianteiro a R$ 20,50 e a ponta de agulha a R$ 18,50 por quilo. A expectativa é que, com o aumento do consumo associado ao Dia das Mães, os preços possam começar a apresentar uma leve alta.
Em relação ao câmbio, o dólar comercial fechou a terça-feira, 29 de abril, com alta de 0,78%, cotado a R$ 5,6750 para venda e R$ 5,6730 para compra, refletindo uma variação significativa ao longo do dia.
