A carne bovina pode ganhar competitividade no mercado doméstico no segundo trimestre de 2025, segundo relatório do Rabobank. A tendência se deve à combinação de exportações aquecidas, queda nos preços do boi gordo e forte aumento nas cotações do milho, principal insumo da ração utilizada na produção de frangos e suínos.
De acordo com o estudo, a diminuição sazonal das chuvas durante o período deve aumentar a oferta de gado engordado a pasto, gerando uma pressão adicional para a redução dos preços do boi gordo. Além disso, dados preliminares de 2025 indicam um ritmo ainda elevado de abates de gado confinado na comparação anual, mas já em tendência de queda.
A carne bovina, tradicionalmente mais cara que a de frango e suína, pode se tornar uma opção mais acessível ao consumidor diante do aumento expressivo dos custos de produção das proteínas concorrentes. O milho, insumo essencial para a alimentação de suínos e aves, teve uma forte alta de preços nos primeiros meses do ano, o que impacta diretamente os custos desses setores.
Para a segunda metade de 2025, no entanto, o Rabobank projeta um novo cenário. A tendência é que os preços do boi gordo voltem a subir e que os custos de produção das outras carnes se estabilizem, o que pode resultar em um maior diferencial de preços entre a carne bovina e suas concorrentes. Com isso, o consumo tende a migrar novamente para proteínas consideradas mais baratas, como frango e suíno.
