O mercado físico do boi gordo fechou a semana com algumas tentativas de compra em patamares mais elevados. De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, as escalas de abate começam a apertar em diversas regiões do Brasil, especialmente para os machos.
O especialista destaca que há uma demanda mais forte por animais que atendem aos requisitos necessários para exportação à China. "A demanda está mais expressiva para animais que cumprem os requisitos de exportação para a China", afirmou Iglesias.
Embora a demanda por fêmeas ainda se faça presente, esta oferta é mais relevante para indústrias que operam no mercado interno. A recuperação nos preços da carne ao longo da semana também tem oferecido um suporte aos valores da arroba. No entanto, o mercado atacadista ainda enfrenta um cenário de preços firmes para a carne bovina, com expectativas de alta no curto prazo, principalmente devido ao aumento da circulação de salários e a reposição entre atacado e varejo.
A média da arroba do boi ficou em R$ 310,67 em São Paulo. Goiás registrou valor de R$ 291,25, enquanto Minas Gerais fechou em R$ 307,53, Mato Grosso do Sul em R$ 294,55 e Mato Grosso em R$ 298,92. No mercado atacadista, o quarto traseiro segue cotado a R$ 24,50 o quilo, o quarto dianteiro a R$ 18 e a ponta de agulha a R$ 17.
O câmbio também teve impacto nas cotações, com o dólar comercial fechando em alta de 0,51%, cotado a R$ 5,7886 para venda. Na semana, a moeda norte-americana desvalorizou 2,14%. A pressão sobre o mercado ainda é sentida com a preferência da população por cortes de carne mais acessíveis, como frango, ovos e embutidos.