Na contramão do cenário internacional, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de alívio nesta sexta-feira (31). O dólar caiu pela décima vez consecutiva e fechou no menor patamar em mais de dois meses, enquanto a bolsa de valores recuou após forte alta na véspera, mas encerrou janeiro com valorização.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,837, com queda de 0,25%. A moeda chegou a subir para R$ 5,87 na primeira hora de negociação, mas inverteu o movimento após a abertura dos mercados nos Estados Unidos. Com isso, fechou o mês com um recuo acumulado de 5,54%, o maior desde junho de 2023.
Já o índice Ibovespa, principal indicador da B3, caiu 0,61%, aos 126.135 pontos, influenciado pela venda de ações de bancos e mineradoras para realização de lucros. Apesar do recuo diário, o índice acumulou alta de 4,95% no mês, registrando seu primeiro avanço mensal desde agosto.
A queda do dólar ocorreu mesmo após a confirmação de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imporá tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá e de 10% sobre importações da China a partir deste sábado (1). A notícia chegou a pressionar a moeda norte-americana durante a tarde, mas a cotação voltou a cair na reta final dos negócios.