EUA: tarifas contra Canadá e México elevariam preços de máquinas agrícolas

POR ESTADÃO CONTEÚDO
05/02/2025 08h50 - Atualizado há 3 horas

Nova York, 5 - Embora a China tenha anunciado tarifas sobre equipamentos agrícolas fabricados nos Estados Unidos, os fabricantes Deere, CNH Industrial e AGCO enfrentam uma ameaça maior com uma possível guerra comercial na América do Norte. As vendas, cadeias de suprimentos e unidades de produção dessas empresas estão fortemente integradas nos EUA, Canadá e México. Na segunda-feira, 3, o governo dos EUA suspendeu por 30 dias a imposição de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, após abrir negociações com os dois países sobre o controle das fronteiras.

A CNH, que tem as marcas Case IH e New Holland, informou nesta terça-feira (4) que cerca de US$ 400 milhões de suas importações estariam sujeitas às tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México. "Qualquer aumento nos custos será repassado aos nossos clientes", disse o CEO da CNH, Gerrit Marx, durante teleconferência com analistas.

Segundo ele, a empresa está avaliando opções para realocar parte da produção, a fim de reduzir a exposição às tarifas. Essas mudanças poderiam levar até 18 meses para serem concluídas, e não serão realizadas se as tarifas forem de curto prazo, acrescentou Marx.

Já a tarifa retaliatória de 10% imposta pela China a tratores, colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas fabricados nos EUA provavelmente terá impacto mínimo sobre os fabricantes americanos, segundo analistas. De acordo com uma análise do Jefferies baseada em dados do Census Bureau, as exportações americanas de equipamentos agrícolas para a China somam cerca de US$ 500 milhões por ano. Para efeito de comparação, as vendas totais de equipamentos da Deere no ano passado foram de quase US$ 45 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.


Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO
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