O governo reduziu o déficit fiscal de R$ 228,5 bilhões em 2023 para R$ 43 bilhões em 2024, cumprindo a meta do arcabouço fiscal. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou novas medidas de ajuste, apesar do aumento da dívida pública, frustrando expectativas do mercado e colocando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma posição delicada.
A melhora das contas se deve principalmente à arrecadação recorde de R$ 2,65 trilhões e ao bloqueio de R$ 17,6 bilhões em despesas. No entanto, economistas alertam que um superávit de 2,5% a 3% do PIB seria necessário para conter o endividamento. Sem novas ações, o mercado teme impactos nos juros e no câmbio.
Nos bastidores, a fragilidade política de Haddad cresce. Enquanto o governo aprovou um pacote de cortes com projeção de impacto de R$ 69,8 bilhões até 2026, analistas apontam que o impacto pode ser menor.