Os preços da soja tiveram forte queda no mercado físico do Brasil nesta quinta-feira (30). As cotações foram pressionadas pela retração na Bolsa de Chicago e pelo aumento dos custos logísticos domésticos. Segundo a Safras Consultoria, houve registro de negócios no dia, mas em volumes limitados.
Aos poucos, os produtores vão assimilando a queda dos preços a partir de fevereiro, embora muitos ainda segurem suas vendas sempre que possível. Além disso, com o avanço da colheita, a atenção tende a se voltar mais para o campo, reduzindo o foco nas negociações.
Em Passo Fundo (RS), o preço da soja caiu de R$ 134 para R$ 133. Na região das Missões (RS), o recuo foi de R$ 135 para R$ 134. No porto de Rio Grande (RS), a soja passou de R$ 140 para R$ 138. Em Cascavel (PR), houve queda de R$ 124 para R$ 121, enquanto no porto de Paranaguá (PR), o preço caiu de R$ 133 para R$ 131. Em Rondonópolis (MT), o recuo foi de R$ 115 para R$ 113. Em Dourados (MS), o preço caiu de R$ 116 para R$ 115,50. Já em Rio Verde (GO), a soja passou de R$ 118 para R$ 114.
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Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela melhora nas previsões climáticas para a Argentina, pelo fraco resultado das exportações semanais americanas e pelas preocupações com a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmar em fevereiro tarifas comerciais de 25% sobre México e Canadá.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2024/25, ficaram em 438 mil toneladas na semana encerrada em 23 de janeiro. A China liderou as importações, com 145,3 mil toneladas. Para a temporada 2025/26, foram mais de 4,5 mil. Analistas esperavam exportações entre 450 mil e 1,7 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 16,50 centavos de dólar, ou 1,55%, a US$ 10,44 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 10,59 3/4 por bushel, com perda de 15,50 centavos, ou 1,44%. Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 5,10 ou 1,64%, a US$ 304,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 44,98 centavos de dólar, com alta de 0,01 centavo, ou 0,02%.
O dólar comercial encerrou em queda de 0,23%, negociado a R$ 5,8534 para venda e a R$ 5,8514 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,8514 e a máxima de R$ 5,9494.