O setor agroindustrial brasileiro registrou um crescimento acumulado de 2,2% entre janeiro e novembro de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), divulgado nesta quinta-feira (30) pela FGV Agro.
Esse resultado representa o melhor desempenho do setor desde 2010. No entanto, novembro apresentou uma retração de 3,1% em comparação ao mesmo mês de 2023, puxada principalmente pelos segmentos de Produtos Alimentícios e Bebidas (-5%) e Produtos Não-Alimentícios (-0,9%).
O recuo em Produtos Alimentícios e Bebidas foi influenciado pela queda na produção de Bebidas Não Alcoólicas (-10,6%) e Bebidas Alcoólicas (-6,2%). No setor de Produtos Alimentícios, a produção de Alimentos de Origem Vegetal caiu 9,4%, impactada por reduções em conservas e sucos, refino de açúcar, arroz e moagem de trigo.
Em contrapartida, óleos, gorduras e café registraram expansão, impedindo uma queda ainda maior no setor. Já os Alimentos de Origem Animal tiveram retração de 0,8%, devido à menor produção de laticínios e pescados. O crescimento no setor de carnes evitou uma queda mais acentuada.
No segmento de Produtos Não Alimentícios, a queda de 0,9% em novembro interrompeu cinco meses consecutivos de crescimento. O recuo foi impulsionado principalmente pela redução na produção de biocombustíveis (-23,2%) e no setor de fumo (-4,1%).
Por outro lado, o setor de Insumos Agropecuários apresentou um crescimento expressivo de 7,9% no período, impulsionado pelo aumento na produção de adubos, fertilizantes, defensivos agrícolas e máquinas. O setor de Produtos Florestais também registrou alta de 0,4%, favorecido pelo aquecimento do mercado externo, com um crescimento acumulado de 4,9% nas exportações até novembro.
O segmento de Produtos Têxteis, por sua vez, cresceu 4,4% e alcançou sua quinta expansão consecutiva, destoando do desempenho irregular registrado em 2023.