30/08/2021 às 12h06min - Atualizada em 30/08/2021 às 12h06min

Mercado financeiro eleva previsão de inflação pela sétima vez em 2021

Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (31) prevê pela sétima vez consecutiva inflação maior em 2021. A previsão é que ela passe de 7,11% previstos na semana anterior para 7,27%. Todos os indicadores que formam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) indicam crescimento inflacionário.


Segundo a Agência Brasil, para 2022, “a estimativa de inflação é de 3,95%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente”. A previsão indica inflação final em dezembro acima da meta. Segundo o Conselho Monetário Nacional Copom) a meta da inflação para 2021 é de 3,75%, com tolerância de 1,5% ponto percentual para cima ou para baixo. O ideal é que fique acima de 2,25% e abaixo de 5,25%.


Apenas em julho, ela quase chegou a 1 ponto percentual, batendo e 0,96%, o maior resultado para agosto desde 2002, quando naquele mês ela bateu em 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses, registra a Agência.


Os dados finais de agosto serão conhecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na semana que vem. No mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,89% neste mês, a maior variação do IPCA-15 para um mês de agosto desde 2002 (1%).

 

Taxa de juros

Numa tentativa de impedir que a inflação saia do controle e se mantenha no centro da meta, o Banco Central utiliza dos aumentos de juros, a Selic, hoje em 5,25% ao ano. Quem faz a aferição do mercado e define a taxa é o Comitê de Política Monetária (Copom).


Por isso, o mercado financeiro espera que até dezembro a taxa de juros chegue a 7,5% ao ano. Para o fim de 2022, estima-se o Copom mantenha a mesma taxa básica. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.


Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, diz a Agência Brasil. “Desse modo”, pontua, “taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas”.


Por outro lado, “quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica”


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PIB e câmbio

Bancos, corretoras de valores e agências de risco consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,27% para 5,22%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.


A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,10 para R$ 5,15 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.

 

Da Redação.

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