27/12/2024 às 10h55min - Atualizada em 27/12/2024 às 10h55min

​Aumento no volume de exportações de carne bovina compensa queda de preço em 2024

Brasil alcança recorde na receita mesmo com redução de 4,4% no preço médio da carne bovina

- Da Redação, com MoneyTimes
Foto: Reprodução
Em 2024, o setor de carne bovina brasileira registrou um desempenho misto nas exportações. Embora o preço médio de exportação tenha caído 4,4% de janeiro a novembro, o volume exportado cresceu substancialmente, resultando em um aumento de 24,7% na receita total. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 2,3 milhões de toneladas de carne bovina no período, superando em 30,3% as exportações do ano anterior e alcançando US$ 10,6 bilhões.
 
A queda nos preços foi impulsionada principalmente por renegociações de contratos com a China, que enfrentava dificuldades em seu setor de carnes e optou por reduzir os preços. Segundo Fernando Iglesias, analista de proteína animal da Safras & Mercado, essa mudança gerou um efeito cascata, com outros importadores também diminuindo os preços.

No entanto, apesar do cenário desafiador no início do ano, Iglesias observa que o mercado começou a se recuperar a partir de agosto, com o Brasil se destacando por sua capacidade de fornecimento de carne bovina, superando seus principais concorrentes como os Estados Unidos, Argentina e Uruguai.
 
Enquanto os preços das exportações de carne bovina caíam, o preço do boi gordo apresentou um comportamento oposto. De janeiro a novembro de 2024, o preço do boi gordo, conforme o indicador do Cepea, subiu 35%, passando de R$ 249,65 para R$ 338,75 por arroba de 15 kg.

Apesar de um recuo nos primeiros dias de dezembro, quando o preço caiu para R$ 313,80, o analista acredita que os preços permanecerão elevados em 2025, devido à diminuição no abate de fêmeas, o que deve pressionar os preços da arroba.
 
Em novembro, o volume de carne bovina exportado superou em 21% o registrado no mesmo período do ano passado, embora tenha diminuído 15,6% em relação ao recorde de outubro. Com a expectativa de uma redução no ciclo de abates, o mercado de carne bovina deve continuar a apresentar volatilidade nos próximos meses, com preços mais altos projetados para o próximo ano.

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