12/11/2024 às 12h02min - Atualizada em 12/11/2024 às 12h02min

Preços da carne bovina em alta arroba do gado pronto

Fabiano Reis
Foto: Reprodução
Os números para cadeia produtiva da carne bovina seguem em elevação em quase todos os elos, com valorização mais clara para a pecuária de corte, com maior agressividade da indústria frigorífica em fazer propostas pelos valores pagos pela arroba que têm apresentado sentenças bem mais altas que as cotações de referência e, até mesmo, o valor inicial de negociação do próprio frigorífico. O fato é que a alta, melhor dizer recuperação de preços dos animais prontos para o abate, é facilmente absorvida pela indústria exportadora, com um mercado internacional muito aquecido e demandador e ainda com um dólar alto, fator que dá mais competitividade para a carne bovina brasileira.
 
Com exemplo, moro em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, as referências apontam para valores de negociação média no Estado na ordem de R$ 318,00 por arroba, R$ 320,00 em Campo Grande, preços para o boi gordo com prazo de 30 dias. Praticamente não há ou (não há mesmo) diferença para o boi China e não é raro, cada vez mais comum comercialização em R$ 325,00 por boiadas e, mesmo a novilha, que conta com referência em R$ 310,00 a arroba, tem sido, eventualmente, negociada em preço de boi gordo. Cenários parecidos são vistos em todos os estados produtores que seguem em valorização e picos de preços de negociação.
 
O atacado e varejo de carne bovina vivem também a alta do valor da arroba do gado gordo, os preços do boi casado inteiro e capão têm valorizações 43% e 42% nos últimos 12 meses, tanto no traseiro, dianteiro, ponta de agulha, os preços tiveram altas entre 41,5% e 48%. No varejo, o preço ao consumidor, tem subido, mas sobe mais devagar e conta com muitas promoções de vendas, em especial nos finais de semana. Um dos motivos, é que a carne bovina ao consumidor brasileiro não subiu tudo o que poderia durante a pandemia no Brasil e Peste Suína Africana na China (mas subiu muito) e, principalmente, não recuou tudo o que deveria. Há limitação na elasticidade da capacidade de pagamento da população brasileira, também competição, principalmente com carne de frango, mas também é presente a maior procura por carne bovina e, como já explicado, margens de trabalho no varejo brasileiro. Em resumo, o consumo se mantém estabilizado ou até em alta no curto prazo.
 
Nas exportações o País segue com números expressivos em novembro, com embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada em 73,5 mil toneladas em seis dias úteis. Os dados da Secretaria de Comércio Exterior informam ainda média diária exportada em 12,2 mil toneladas, avanço anual de 30,4% frente ao mesmo período do ano passado. Chama a atenção o valor médio 5% mais alto da tonelada exportada, ficando em US$ 4.822 por tonelada.
 

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