21/10/2024 às 11h18min - Atualizada em 21/10/2024 às 12h30min

​Lula cancela viagem ao BRICS na Rússia após acidente doméstico

Equipe médica recomenda evitar viagens longas; presidente participará por videoconferência

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Divulgação / Gov.br
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua participação na 16ª Cúpula de líderes do Brics, que ocorrerá em Kazan, na Rússia, após sofrer uma queda em sua residência no último sábado (19). Durante o acidente, Lula bateu a cabeça e precisou receber cinco pontos. A equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, que o atendeu, recomendou que o presidente evite viagens de longa distância por precaução.
 
De acordo com o boletim médico, o ferimento, classificado como “corto-contuso em região occipital”, não foi grave, e Lula está apto a continuar suas atividades diárias. Sob os cuidados dos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio, o presidente permanece em acompanhamento e está no Palácio da Alvorada.
 
O embarque para a Rússia estava programado para hoje (20), às 17h. Em vez de comparecer pessoalmente, Lula participará do evento por videoconferência, conforme informado pela Presidência da República.
 
A cúpula, que ocorrerá de 22 a 24 de outubro, marcará o primeiro encontro com os novos países-membros do bloco, incluindo Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes. Embora não haja uma pauta específica definida, espera-se que a criação de um modelo de adesão para os chamados “países parceiros” seja um dos principais temas discutidos. O embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, destacou que a definição dos critérios para essa nova modalidade de participação será um dos focos de trabalho do Brasil neste semestre.
 
Outros tópicos que devem ser abordados incluem a crise do Oriente Médio, questões financeiras dentro do bloco, e relatórios do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que tem à frente a ex-presidente Dilma Rousseff. O governo russo confirmou a presença de 32 países no evento, com 24 líderes de Estado. Entre os dez países-membros do Brics, oito serão representados por seus líderes máximos, com exceção do Brasil e da Arábia Saudita, que enviará seu ministro de Relações Exteriores.
 
O encontro também deverá resultar em uma declaração em favor do fortalecimento do multilateralismo, visando um “desenvolvimento global justo e seguro”. No próximo ano, o Brasil assumirá a presidência do Brics, que possui um sistema de liderança rotativa com mandatos anuais.

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