Lula nomeia André Corrêa do Lago como presidente da COP30

Ana Toni será diretora executiva do evento, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025

- Da Redação, com Agência Brasil
22/01/2025 10h49 - Atualizado em 22/01/2025 às 10h49
Lula nomeia André Corrêa do Lago como presidente da COP30
Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação do embaixador André Aranha Corrêa do Lago como presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), prevista para novembro de 2025, em Belém, no Pará. Corrêa do Lago, atualmente secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, terá a missão de liderar as negociações globais em busca de um acordo sobre mudanças climáticas. Ele já possui vasta experiência em negociações ambientais internacionais, tendo sido negociador-chefe do Brasil em eventos como as COPs de 2011 a 2013 e as mais recentes de 2023 e 2024.

 

A secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, também foi designada como diretora executiva da COP30. Ana tem uma longa trajetória voltada para a promoção de políticas públicas sobre justiça social, meio ambiente e mudanças climáticas. Ambos já participaram ativamente da delegação brasileira na COP29, realizada em novembro de 2024, em Baku, no Azerbaijão.

 

Em sua primeira entrevista após a nomeação, Corrêa do Lago enfatizou a importância de incluir as populações locais da Amazônia, região que sediará o evento, no processo preparatório. O embaixador ressaltou que a participação dessas comunidades será fundamental para o sucesso da conferência, comparando a COP30 com o impacto que a Conferência Rio-92 teve na percepção ambiental do Brasil. Ele também destacou que o Brasil, mesmo com a presidência formal ainda sob o Azerbaijão, liderará os esforços preparatórios para garantir o êxito das negociações, promovendo o diálogo entre diferentes países e atores.

 

Corrêa do Lago também comentou sobre o impacto das decisões políticas dos Estados Unidos, que saíram do Acordo de Paris sob a gestão do presidente Donald Trump, afirmando que, apesar disso, o país segue signatário da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Ele reconheceu a importância dos Estados Unidos, uma das maiores economias e emissores de gases de efeito estufa, para o debate sobre mudanças climáticas, destacando que o novo posicionamento pode influenciar o rumo das negociações.

 

 


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