O mercado brasileiro da soja apresentou uma queda nos preços nesta quarta-feira, com apenas transações pontuais sendo registradas. A consultoria Safras & Mercado apontou que esse comportamento é resultado da movimentação na Bolsa de Chicago e da recente desvalorização do dólar, que tem levado muitos vendedores a se afastarem das negociações.
Os preços da soja variaram nas principais praças do Brasil, com Passo Fundo (RS) registrando a saca de 60 quilos caindo de R$ 135 para R$ 133; em Missões (RS), a cotação passou de R$ 134 para R$ 132; e no Porto de Rio Grande (RS), o preço recuou de R$ 142 para R$ 140. Em Cascavel (PR), a saca desvalorizou de R$ 138 para R$ 137, enquanto no Porto de Paranaguá (PR) o valor caiu de R$ 143 para R$ 142. Rondonópolis (MT) manteve-se em R$ 133, enquanto Dourados (MS) viu a saca passar de R$ 135 para R$ 134 e Rio Verde (GO) estabilizou o preço em R$ 133.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja encerraram a quarta-feira em baixa, pressionados por previsões de aumento de chuvas no Brasil para a próxima semana. A decisão da União Europeia de adiar a implementação de novas regulamentações sobre desmatamento também influenciou a queda. Os contratos de soja em grão para entrega em novembro fecharam em baixa de 1,25 centavo de dólar, a US$ 10,56 por bushel, enquanto a posição de janeiro teve cotação de US$ 10,74 1/4 por bushel, também com perda de 1,25 centavo.
Em relação aos subprodutos, a posição de dezembro do farelo fechou com uma baixa de US$ 7,10, ou 2,04%, a US$ 340,40 por tonelada. Em contrapartida, os contratos de óleo para dezembro registraram uma leve alta de 0,73 centavo, ou 1,70%, fechando a 43,64 centavos de dólar.
Com o dólar comercial terminando a sessão com queda de 0,31%, negociado a R$ 5,4455 para venda e a R$ 5,4435 para compra, o cenário do mercado de soja no Brasil continua desafiador, refletindo as condições globais e locais que afetam tanto a oferta quanto a demanda.