07/02/2024 às 09h46min - Atualizada em 07/02/2024 às 09h46min

Mais arrobas com manejo do perfilhamento

João Menezes
Foto: Arquivo pessoal
As forrageiras têm uma capacidade de se adaptar ao manejo. Forrageiras manejadas de forma mais intensa, mais baixas, tendem a aumentar o perfilhamento, enquanto àquelas manejadas mais altas, terão menos perfilhos, porém mais pesados. O produtor pode mudar o manejo da planta, utilizando esta característica para melhorar a produtividade.
 
Os cortes mais intensos resultam em plantas mais baixas, independente da época e fornecem proporções maiores de folhas e maior número perfilhos basais (Figura 1). Quando em um dos ciclos de pastejos do verão, se faz um manejo mais intenso, com menor altura do pasto na saída dos animais, há um maior perfilhamento da planta e consequente aumento da produção no ciclo de pastejo seguinte. Nessa época mais chuvosa, se tem melhores condições ao perfilhamento das plantas e melhora relação folha/colmo.


Figura 1 - Número de perfilhos basais por m2, no verão, no capim elefante cv. Roxo, quando cortado em quatro alturas (Santos et al, 2001).

As plantas têm uma adaptação ao manejo e quando se faz pequenos ajustes nas alturas de corte se pode elevar a produtividade sem investimentos maiores em insumos. O manejo correto da planta é essencial para melhora da produtividade e preservação da pastagem.
 
O acúmulo de forragem é proporcional ao número de perfilhos e peso de perfilhos e quando fazemos o ajuste do pastejo para estimular maior perfilhamento, essa estratégia pode resultar em maior produtividade da planta, pois teremos mais perfilhos por área.
 
Pastagens que serão usadas em pastejo diferido, quando manejadas um pouco mais baixas no pastejo anterior à sua vedação acumularão mais forragem e terão uma maior reserva de forragem para a seca.
 
Importante que essas modificações de manejo, um ciclo com manejo mais intenso, não sejam a rotina, pois uma planta com altura de corte constantemente inferior à ideal pode ser prejudicada, reduzindo o sistema radicular, diminuindo a velocidade de rebrota e permitindo o aumento de plantas invasoras.
 
A maioria das forrageiras tropicais tem sido estudadas nas condições de clima e manejo das propriedades brasileiras e são conhecidas as alturas de entrada e saída das principais forrageiras. O manejador de pastos tem que conhecer essas características e fazer ajustes no manejo e na taxa de lotação para preservar as plantas e a longevidade dos pastos, porém utilizando estratégias de manejo visando maior produtividade.
 
A altura de manejo das plantas forrageiras pode ser manipulada de maneira a melhorar a produtividade das pastagens.

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