23/01/2024 às 09h47min - Atualizada em 23/01/2024 às 09h47min

Mercado físico do boi gordo pode receber pressão negativa nesta semana

Fabiano Reis
Foto: Reprodução
Estamos na parte final do primeiro mês do ano, alguns fundamentos do mercado do boi gordo vão se mantendo, mas, por outro lado, parte do mercado “patina”, como no mercado futuro, na B3. OS fundamentos que seguram o preço do boi no físico estão ligados a um oferta de animais prontos escassa, há presença de animais mais leves, de fêmeas e essas variáveis têm ajudado a elevar as escalas da indústria frigorífica. Neste momento, a média tem variação de 10 a 12 dias pelas informações apuradas, o que faz acreditar que devemos ver alguma pressão mais expressiva já nesta semana.
 
A pressão citada no parágrafo anterior, trata-se de queda nos preços no mercado físico do boi gordo, refletindo os cenários descritos acima. A notícia boa é que os preços devem retornar aos patamares atuais já em fevereiro, aproveitando o momento de festas de carnaval, elevação de consumo e as exportações que seguem muito aquecidas.
 
Trata-se de um movimento em “U”, como se define na economia, quando há retomada, mas de forma suave. Se as informações das escalas de abates estiverem certas, o cenário deve se instalar entre o final de janeiro e começo de fevereiro. Devemos ver um mercado do boi gordo fazendo um “U” caindo, por conta dos argumentos expostos, mas recuperando, provavelmente, em fevereiro, mantendo em março (quem sabe até abril), com melhora no consumo interno, população com redução de compromissos financeiros, demanda de Carnaval e animais prontos a pasto em maior volume, por conta de uma melhora nas pastagens.
 
Não dá fazer um exercício de adivinhação, mas considerando o cenário ainda bem desafiador em 2024 para a pecuária bovina de corte, principalmente, para o pecuarista, é possível afirmar que os preços devem retornar após baixarem, mas não ficarem mais altos que estão no momento. A característica atual indica a sequência de abates de fêmeas em grandes volumes durante este ano, encerrando o ciclo de baixa na pecuária.
 
Exportações
No momento há uma vistoria em 28 plantas frigoríficas brasileiras para exportarem carnes para a China. A ação é feita de maneira remota, teve início há uma semana e deve ser concluída até o final do mês de janeiro. O Departamento de Alfandegas da China é responsável pelo processo, mas não tem data marcada para divulgação dos resultados. De qualquer forma, abre uma expectativa melhor.
 
Por falar em exportação, nesta última segunda-feira, a Secex – Secretaria de Comércio Exterior, divulgou os números parciais das exportações brasileiras e, no caso da carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, o volume alcançou 123,02 mil toneladas em 14 dias úteis de janeiro/24. Média diária de embarques é de 8,7 mil toneladas, 20,7% maior que em janeiro/23, com valores médios praticados de US$ 4,509 mil por tonelada, queda de 6,9% frente ao valor médio do mesmo período do ano passado de US$ 4,842 mil.
 
Para a semana, devemos ver a tal pressão citada no começo do artigo ocorrendo ou o mercado com poucas sinalizações de negócios.

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