19/12/2023 às 09h30min - Atualizada em 19/12/2023 às 09h30min

Imea prevê transição do ciclo pecuária no Mato Grosso em 2024

Instituto antevê mudanças no cenário bovino com expectativas de retomada nos preços e desafios ligados ao El Niño

- Da Redação, com CarneTec
Foto: Divulgação Site / Ministério da Agricultura
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou um relatório apontando para uma provável transição no ciclo pecuário bovino no estado de Mato Grosso em 2024. Esta transição surge após um período considerável de baixa intensa que marcou o ano de 2023, caracterizado por altas disponibilidades para abates nos frigoríficos.

De acordo com a análise do Imea, a perspectiva para o próximo ano é de transição para uma nova fase do ciclo, que se caracteriza por uma lateralização com tendência de alta nos preços. No entanto, a participação de fêmeas nos abates ainda permanece acima da média histórica.

Durante a fase mais baixa do ciclo pecuário, houve um aumento substancial nos abates no estado e uma correspondente redução nos preços da arroba. As indústrias frigoríficas de Mato Grosso registraram o abate de 5,48 milhões de cabeças bovinas de janeiro a novembro de 2023, em comparação com 4,55 milhões no mesmo período do ano anterior.

Para o ano de 2024, o Imea projeta um aumento nos preços da arroba, impulsionado pela forte demanda, especialmente no que se refere às exportações de carne bovina brasileira. Essa previsão otimista se baseia na expectativa de novas habilitações de plantas para exportar para a China e na abertura de novos mercados.

O Instituto também ressalta que o grande volume de matrizes abatidas nos últimos dois anos pode resultar em uma menor oferta de animais de reposição no mercado durante o segundo semestre de 2024. Isso pode dar início a um movimento de recuperação nos preços do mercado de reposição nesse período.

Contudo, o setor pecuário pode enfrentar desafios em 2024 decorrentes dos efeitos do fenômeno El Niño na produção local de grãos e na qualidade das pastagens, segundo alerta do Imea. Estes fatores climáticos podem impactar a produção e, consequentemente, a disponibilidade de alimentos para o gado, influenciando o desempenho do setor ao longo do ano vindouro.

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