​Governo busca plano de controle de desmatamento para todos os biomas brasileiros

O governo brasileiro está empenhado em estabelecer planos de prevenção e controle de desmatamento e desenvolvimento sustentável para todos os biomas do país. Em reunião realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com representantes de entidades que trabalham pela preservação do meio ambiente em cada um dos biomas brasileiros. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a importância de conciliar a proteção da biodiversidade e das florestas com um novo modelo de desenvolvimento que combata a desigualdade e a pobreza.

O plano de combate ao desmatamento na Amazônia já foi lançado e está em processo de implementação, resultando em uma redução de 49,5% no desmatamento nos primeiros 10 meses do ano. O plano para o Cerrado também está concluído e será lançado em breve. Os planos para os biomas Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa devem ser finalizados até junho de 2024.

O Brasil se prepara para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que fará um balanço da implementação do Acordo de Paris. O país reforçará o compromisso de limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o Brasil buscará recursos para reparação e uma transição justa para os países em desenvolvimento.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia Legal teve uma queda de 22,3% em relação ao ano anterior. O secretário de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, destacou que o desmatamento e as queimadas são responsáveis por mais de 50% das emissões de gases do país. O objetivo é reduzir significativamente esses números para contribuir com a redução global das emissões.

A COP 28 acontecerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e contará com a participação do presidente Lula. O Brasil terá uma delegação diversificada, composta por representantes da sociedade civil, empresas privadas, Congresso Nacional, governos estaduais e o governo federal.

Além disso, o governo está trabalhando na identificação dos municípios brasileiros mais vulneráveis aos efeitos extremos do clima, como chuvas intensas e secas. Esses municípios poderão receber tratamento prioritário na implementação de políticas públicas relacionadas ao clima. A identificação está sendo feita em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).