20/09/2023 às 12h44min - Atualizada em 20/09/2023 às 12h44min

Produção de café em 2023 alcança recorde com 54,36 milhões de sacas

Safra brasileira de café supera expectativas, com crescimento de 6,8% em relação a 2022

- Da Redação, com Conab
Foto: Divulgação / Mapa
Com mais de 95% da colheita de café concluída até o final de agosto, o Brasil está prestes a comemorar uma safra recorde em 2023, com estimados 54,36 milhões de sacas, de acordo com informações divulgadas no 3º levantamento da cultura, apresentado nesta quarta-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse número representa um notável aumento de 6,8% em comparação ao ano anterior.

Essa marca histórica ocorre mesmo em um ano de bienalidade negativa, posicionando o país como o terceiro maior produtor de café de sua história, perdendo apenas para os excepcionais anos de 2018 e 2020, que foram de bienalidade positiva. Se compararmos a produção deste ano com a safra de 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento impressionante chega a 13,9%.

O destaque deste ano está na expectativa de recuperação no desempenho do café arábica. Segundo os dados da Conab, a colheita dessa variedade deve atingir a marca de 38,16 milhões de sacas. Esse aumento é resultado de um incremento de 2,4% na área de produção, combinado com um ganho estimado de 13,9% na produtividade, impulsionado por condições climáticas mais favoráveis em comparação com as últimas duas safras. O gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, destaca o desempenho notável de Minas Gerais, o principal estado produtor de café do país, que, mesmo enfrentando os efeitos da bienalidade negativa em muitas regiões, apresenta um crescimento impressionante de 29,5% na produção.

No entanto, um cenário oposto é observado nas plantações de café conilon, onde é prevista uma queda de 11% na colheita em comparação com o excelente resultado de 2022. A estimativa é que sejam colhidas 16,2 milhões de sacas neste ano. Essa redução se deve principalmente a uma queda de 10,8% na produtividade, resultado das condições climáticas ligeiramente adversas registradas no principal estado produtor de conilon, o Espírito Santo, que afetou parte das plantações, principalmente no início da safra.


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