23/08/2023 às 09h53min - Atualizada em 23/08/2023 às 09h53min
Queda de preços da carne bovina nos supermercados paulistas alcança 10% no ano
Proteína bovina sofreu uma retração de 3,5% em julho
- Da Redação, com CarneTec
(Foto:divulgação) Nos primeiros sete meses deste ano, os supermercados em São Paulo registraram uma notável queda de 10% nos preços da carne bovina, conforme revelam dados do Índice de Preços dos Supermercados (IPS), uma métrica desenvolvida pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em colaboração com a Fipe.
No mês de julho, a proteína bovina sofreu uma retração de 3,5%. A Apas divulgou em comunicado que essa redução no preço da carne bovina é principalmente resultado da diminuição nos custos de engorda do gado de corte.
A carne suína também apresentou um declínio de 2,7% em julho, contribuindo para uma queda acumulada de 5,64% ao longo do ano. Por sua vez, o preço da carne de frango para o consumidor paulista teve um decréscimo de 5,48% em julho, acumulando uma redução de 20,6% no decorrer do ano.
Essa tendência de redução nos preços das proteínas animais foi influenciada pela diminuição nos custos de ração animal no início do ano, conforme explicado pela Apas.
No mês de julho, houve um declínio de 0,87% nos preços do pescado, embora tenha ocorrido um aumento modesto de 0,36% no acumulado do ano.
Os produtos semielaborados, incluindo as proteínas animais, estão dentro da categoria considerada no cálculo do IPS. Os preços desses produtos semielaborados registraram uma redução de 3,6%, levando o IPS a apresentar uma deflação de 1% em julho.
A inflação acumulada, mensurada pelo IPS, foi de 0,6% até o momento, marcando o índice mais baixo desde 2018.
O economista Felipe Queiroz, do Departamento de Economia e Pesquisa da Apas, enfatizou que, caso não ocorram mudanças drásticas nos cenários econômico e político internos e externos, e desde que não ocorram alterações climáticas significativas afetando a produção agrícola, é provável que o índice de preços do setor supermercadista termine o ano no patamar mais baixo desde 2017. Isso projeta uma perspectiva otimista para o restante do ano.