09/06/2023 às 11h34min - Atualizada em 09/06/2023 às 11h34min

DietScanner, uma inovação na nutrição animal

(Foto: arquivo pessoal)
O pecuarista tem uma nova ferramenta para auxiliar na gestão da nutrição animal. Trata-se do DietScanner, uma tecnologia baseada na visão computacional, que utiliza uma câmera 3D infravermelha acoplada ao carro, que escaneia o comedouro e faz a leitura das sobras, substituindo a observação visual.
Um dos principais benefícios dessa nova tecnologia é a padronização da avaliação de escore de cocho, segundo Marcelo Ribas, líder de Estratégia Ponta, empresa resultante da fusão da GA+Intergado, que desenvolveu o equipamento.
“Além de ser uma rotina laboriosa, a observação dos cochos é o principal gargalo dos ajustes de trato nos confinamentos que, atualmente, são feitos a partir da interpretação visual de um profissional que precisa ser bem treinado para calibrar o olhar de acordo com a metodologia de escore de cocho adotada na fazenda”, analisa.
De acordo com o especialista, essa rotina é muito importante nos confinamentos, por ser responsável pelos ajustes das quantidades de alimento fornecidas a cada trato a todos os animais. Isso porque a alimentação representa o maior custo de produção, depois do próprio animal, e tem grande influência no resultado financeiro da fazenda.
                                                                                
Conforme explica, além da padronização e da maior precisão na leitura da sobra de cocho, a tecnologia resolve problemas operacionais como treinamento e capacitação de mão-de-obra, redução do tempo de realização dessa rotina, dentre outros benefícios.
“A câmera do DietScanner possui visão tridimensional (3D) que escaneia o cocho e calcula o volume da sobra de alimento. Com base no volume medido, é atribuída uma nota de escore de cocho, de acordo com a metodologia adotada pela fazenda. A partir dessa nota, será definido o ajuste a ser feito nas quantidades dos próximos tratos”, relata.

A partir da análise da própria base de dados, a empresa identificou que os confinamentos têm, em média, 10 dias de erro no ajuste de trato – 5 dias para sobra e 5 dias para falta de comida –, ao longo de um ciclo produtivo de 100 dias. “Esses desvios geram prejuízos com a desperdício de dieta jogada a mais no cocho e também afetam o desempenho dos animais quando jogada a menos no cocho”, avalia.
 
As perdas variam de acordo com a quantidade de dias de ajuste, tipo e valor da dieta (adaptação, crescimento ou terminação), quantidade de cabeças produzidas no ciclo. “A partir dessas informações, podemos calcular os prejuízos e os riscos aos quais o confinamento está exposto e mensurar o retorno do investimento do DietScanner para cada a fazenda”, afirma.

De acordo com Ribas, o DietScanner é uma tecnologia acessível para todos os tamanhos de confinamento. “A solução é de fácil instalação e treinamento, integra com planilha e softwares de gestão e não exige uma grande infraestrutura para funcionar”, informa.

O especialista avisa que é preciso entrar na fila de espera para adquirir a tecnologia, pois os equipamentos previstos para 2023 já estão comprometidos com confinamentos modelo que participam da etapa de testes e homologação. A previsão é que esteja disponível para atender a fila de espera, a partir de 2024, em modalidade de locação.
 
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