Depois de impor uma cota de 20 milhões de toneladas de açúcar para exportação nesta safra a fim de evitar o desabastecimento interno, a Índia está avaliando autorizar vendas ao mercado exterior de estoques de açúcar bruto acumulados em portos e armazéns, segundo fontes do governo.
Os embarques adicionais podem mudar os preços do açúcar bruto, que estão sendo negociados perto do menor nível em quatro meses. A imposição de vendas exteriores de 10 milhões de toneladas é uma tentativa de impedir o crescimento dos preços internos no segundo mais populoso país do mundo.
Sobre essa possibilidade, um funcionário do governo que pediu para não ser identificado, diz que “a proposta do açúcar bruto está em análise”, segundo o site MoneyTimes, em um pedido das usinas de açúcar para a permissão do envio de estoques não refinados. O governo não comentou a informação.
Os estoques de açúcar bruto são estimados em cerca de meio milhão de toneladas. Na conta, estão as 200 mil toneladas retidas nos portos. Do total de 10 milhões de toneladas exportadas pela Índia este ano, 4,5 milhões são de açúcar bruto, o restante, branco ou refinado. As usinas indianas produzem açúcar bruto apenas para a exportação.
Aditya Jhunjhunwala, presidente da Associação Indiana de Usinas de Açúcar, um órgão de produtores, disse que, “como o açúcar bruto não pode ser vendido no mercado doméstico, faz sentido exportá-lo. Caso contrário, a qualidade de nossos estoques pode se deteriorar com o tempo.”.
Hoje na Índia, com a redução nas exportações, a logística está desarranjada. Há falta de caminhões e vagões ferroviários. “Se o governo permitir que as usinas exportem seus estoques, haverá muitos compradores, pois o açúcar indiano é muito competitivo no mercado mundial”, disse ele.
Da Redação, com MoneyTimes