Exportações brasileiras de arroz crescem 82% em maio

País envia 92 mil toneladas ao exterior, com destaque para mercados africanos; importações recuam 10% no mês

- Da Redação, com Canal Rural
16/06/2025 08h24 - Atualizado há 23 horas
Exportações brasileiras de arroz crescem 82% em maio
Foto: reprodução

O Brasil exportou 92,2 mil toneladas de arroz beneficiado (em base casca) no mês de maio, gerando uma receita de US$ 25,7 milhões, segundo relatório mensal divulgado pela Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz). Os dados, baseados em estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apontam um crescimento expressivo de 82% no volume exportado em relação ao mesmo período de 2024.
 

Em termos de receita, o aumento foi de 20% na comparação anual, impulsionado tanto pela alta no volume embarcado quanto pela valorização do produto no mercado internacional. Os principais destinos das exportações brasileiras de arroz foram países africanos, com destaque para Gâmbia, Serra Leoa e Senegal — mercados que, tradicionalmente, demandam arroz branco polido de boa qualidade e preço competitivo.
 

Na contramão das exportações, as importações brasileiras de arroz recuaram no mesmo mês. O país adquiriu 128,6 mil toneladas (base casca), o que representa uma queda de 10% frente a maio do ano passado. A quase totalidade dessas compras — 126,5 mil toneladas — corresponde a arroz beneficiado, o que mantém o equilíbrio na balança comercial do setor.
 

O aumento nas exportações é reflexo do bom desempenho da produção nacional e da estratégia das indústrias em buscar novos mercados, especialmente diante da necessidade de escoar estoques internos e aproveitar janelas comerciais favoráveis. A demanda africana tem se mostrado estável e crescente, favorecendo as negociações com o Brasil.
 

Com uma produção robusta e custos relativamente competitivos, o arroz brasileiro tem ganhado espaço no cenário internacional. A Abiarroz destaca que o país tem potencial para ampliar ainda mais sua presença em mercados emergentes e se consolidar como fornecedor relevante fora da América Latina.

 

 


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