A escalada do conflito entre Irã e Israel já impacta diretamente o agronegócio brasileiro. A paralisação na produção e exportação de fertilizantes, especialmente ureia, elevou os preços nos mercados internacionais e preocupa produtores que ainda não garantiram seus insumos para a próxima safra de soja.
Com a produção reduzida no Irã e interrupções no Egito onde a indústria depende do gás fornecido por Israel, as ofertas de fertilizantes foram retiradas do mercado e os preços subiram nos EUA, Oriente Médio e Brasil. Para o analista Tomás Pernías, da StoneX, o momento é crítico: "É desfavorável para quem ainda precisa comprar fertilizantes".
A alta do petróleo, estimulada pelas tensões no Oriente Médio, também eleva custos de frete e seguros marítimos, encarecendo as importações. Com o calendário de plantio se aproximando, especialistas recomendam atenção redobrada ao mercado de nitrogenados.
A dependência brasileira de insumos externos aumenta o risco para os produtores, que podem enfrentar um cenário de custos elevados e menor margem de lucro na safra 2025/2026, caso o conflito se prolongue.