17/02/2022 às 11h32min - Atualizada em 17/02/2022 às 11h32min

Boletim mostra que redução na demanda por frutas favorece queda nos preços

De acordo com o 2º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (17), a fraca demanda pela laranja em janeiro, principalmente nos primeiros 20 primeiros dias do mês, favoreceu a queda de preços desta fruta em diversas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país.

Os percentuais chegaram a 23,76% em Fortaleza/CE, com a laranja sendo vendida a uma média de R$ 2,34 o quilo, e a 18,65% em Recife/PE, onde a cotação média da fruta é de R$ 1,71/kg.

“O Brasil é um grande produtor mundial de frutas e tem peculiaridades que permitem a oferta de uma ampla variedade de produtos”, ressalta o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho.

“Quem deseja reduzir os gastos mensais, mantendo uma alimentação saudável e rica em produtos frescos, precisa conhecer as alternativas mais baratas. Nesta edição do Prohort, por exemplo, vimos que, na comparação entre janeiro de 2022 e dezembro de 2021, houve queda nos preços das frutas comercializadas na Ceagesp - São Paulo. O caqui perdeu (45%) do seu valor em janeiro, a pitaia (39%), a lichia (37%), a cereja (36%), o abacate (32%), o figo (30%), a carambola (28%) e o limão (21%)”.

Segundo o Boletim, o mamão também esteve mais em conta nas Ceasas no último mês. A produção da fruta continuou baixa, principalmente do tipo papaya, em decorrência de menores investimentos anteriores, de perdas nas lavouras e da qualidade das frutas afetada pelo grande volume de chuvas registrado nas principais regiões produtoras. Com percentual negativo de 24,62% em Curitiba, Paraná, o mamão teve preço médio de R$ 4,50 o quilo. Já em Belo Horizonte (MG), a redução foi de 18,37%, vendido a R$ 3,51 o quilo.

No caso das hortaliças, o movimento de alta de preços ainda afeta o consumo em quase todo o país. "Isso acontece porque essas culturas são muito sensíveis aos problemas climáticos”, explica o gerente substituto de Estudos do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Arthur Vasconcelos. “Em janeiro, o comportamento preponderante de preços para as hortaliças estudadas foi de aumento, especialmente para a alface, batata e a cenoura”.

As chuvas em grande parte do país, exceto nas regiões Sul e Nordeste, comprometeram algumas lavouras e reduziram a disponibilidade dos produtos nos mercados. A batata, que tinha alcançado oferta recorde em dezembro de 2021, com consequente queda nos preços, em janeiro teve alta na maioria dos mercados atacadistas, especialmente em Goiânia/GO (39,70%) e Belo Horizonte/MG (37,60%). No início deste mês de fevereiro, o movimento de preços continua subindo, o que demonstra que a oferta a partir da safra de verão ainda não está atendendo toda a demanda.

Também os preços da cenoura em janeiro, como previsto, apresentaram altas bastante expressivas na maioria dos mercados analisados, principalmente nas Ceasas de Fortaleza (CE) (138,53%), Vitória (ES) (113,10%) e Goiânia (GO) (103,78%). A pesquisa do Prohort revela que a pressão sobre os valores praticados foi em função da queda na oferta, que em janeiro de 2022 foi quase 15% menor em comparação a dezembro/21.

Em fevereiro, a continuação das chuvas nas áreas produtoras, sobretudo de Minas Gerais, mantém as cotações elevadas. Já a cebola, que segue em trajetória ascendente de preços em todos os mercados analisados, teve o maior percentual de aumento em Brasília/DF (23,17%), seguido por Vitória (ES) (13,61%) e Campinas (SP) (12,30%).

Enquanto o trio de hortaliças mais consumidas no Brasil segue em alta, a opção é variar o cardápio com itens que se destacaram na redução da média de preços. Em São Paulo, por exemplo, ficaram mais baratos a rúcula (18%), a abóbora (13%), o pimentão (11%), o alho (8%) e a vagem (6%).


Fonte: Conab


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