É nítido o fortalecimento do mercado do boi gordo nas principais praças brasileiras desde a entrada do mês de junho. A redução de oferta de animais para abate impactou a escala industrial, enquanto que a melhora no escoamento de carne bovina, externo e doméstico, consumiu agressivamente a carne bovina das câmaras frigoríficas. Os embarques de carnes bovina estão elevados e o começo de mês de festas juninas ajuda bastante o consumo interno.
Há valorização no mercado de boi gordo, em especial, no chamado “Boi China”, a escassez de oferta fez com que muitas indústrias tivessem que elevar a proposta e não seria exagero falar em um “apagão” de oferta de animais em algumas praças brasileiras. Mesmo assim, depois de uma primeira semana de junho com escala média de sete dias nas praças de produção do Brasil, a melhora no preço pago por arroba, média de R$ 315,00 em São Paulo e de R$ 311,70 em Mato Grosso do Sul, por exemplo, melhorou em um dia a mais a escala.
As festas de São João, Santo Antônio e São Pedro, juninas, mas que têm se estendido até julho ajudam a elevar o consumo de alguns alimentos, entre eles, carne bovina. O começo do mês é marcado por elevação na comercialização nacional, principalmente, é claro, pelo pagamento dos salários.
Na demanda externa o cenário segue de expectativa de recorde, logo após um recorde. A primeira semana de junho/25, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, por embarques de 64,2 mil toneladas de carne bovina. Ano passado, todo o mês de junho, totalizou 192,4 mil toneladas.
Em torno das exportações, o que mais causa impacto, por enquanto, é o volume diário embarcado, são 12,84 mil toneladas, alta de 33,5%, frente ao mesmo período do ano passado. O preço médio da tonelada de carne bovina exportada chega a US$ 5.367,20, alta anual de 20,2%.
Para a semana e, posso dizer para o mês, a tendência é o valor da arroba do boi gordo seguir firme e as valorizações para o gado de reposição ficarem ainda mais evidente.
