O mercado físico da soja encerrou esta terça-feira (22) com um volume restrito de negociações. A maior parte das transações se concentrou nos portos, com relatos de negócios em Rio Grande e ofertas pontuais em Santos e Paranaguá, embora os volumes fechados tenham sido limitados, conforme análise de Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado.
No interior do país, as operações foram impulsionadas pelo basis ainda elevado em diversas regiões. Mesmo com margens pressionadas por indicações acima das paridades, a indústria demonstrou interesse em adquirir o grão, chegando a elevar os bids em algumas localidades, como em Uberlândia.
No entanto, a atuação de vendedores e compradores foi contida, resultando em um ritmo moderado sem grandes lotes negociados. O cenário não foi significativamente influenciado pelo câmbio ou pela Bolsa de Chicago, que voltou a recuar. O dólar, apesar de volátil, operou em uma faixa estreita, sem impacto direto nos preços internos.
Dessa forma, o preço da saca de soja manteve-se em R$ 132 em Passo Fundo (RS). Em Santa Rosa (RS), permaneceu em R$ 133, e em Rio Grande (RS), em R$ 139. Cascavel (PR) registrou estabilidade em R$ 131, enquanto Paranaguá (PR) teve leve queda, de R$ 139 para R$ 138. Em Rondonópolis (MT), o preço se manteve em R$ 121, em Dourados (MS), em R$ 125, e em Rio Verde (GO), em R$ 122.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja fecharam com leve baixa, em um dia de volatilidade. O bom desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos exerceu pressão sobre os preços durante boa parte da sessão.
Contudo, fatores técnicos e especulações sobre um possível avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China ajudaram a mitigar as perdas. O relatório do USDA indicou uma leve queda na qualidade das lavouras de soja, com a classificação entre bom e excelente recuando de 70% para 68%, mas o desenvolvimento das plantações ainda é considerado normal para o período.
O contrato da soja em grão com entrega em agosto recuou 0,46%, para US$ 10,10 1/4 por bushel. A posição novembro teve perda de 0,04%, fechando a US$ 10,25 1/2 por bushel. Entre os subprodutos, o farelo para setembro subiu 1,12%, a US$ 277,90 por tonelada, enquanto o óleo com vencimento em agosto caiu 0,76%, para 55,63 centavos de dólar por libra-peso.