Clima e cenário global pressionam preços do milho em Chicago, que fecha abaixo de US$ 4

Incertezas sobre tarifas de Trump e grande safra americana influenciam cotações; no Brasil, equilíbrio entre produção recorde e atraso na colheita da safrinha mantém o mercado misto.

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
23/07/2025 09h17 - Atualizado há 13 horas

Os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram quedas na terça-feira (22), com os contratos de setembro/25 fechando abaixo de US$ 4 por bushel. A pressão, segundo a Agrinvest, vem das incertezas nas relações comerciais internacionais, especialmente os desdobramentos das tarifas de Donald Trump e a expectativa pelo encontro entre Estados Unidos e China, marcado apenas para meados de outubro.
 

O site internacional Farm Futures acrescenta que a perspectiva de uma safra robusta nos Estados Unidos também contribui para a desvalorização. As previsões climáticas indicam poucas ameaças à produtividade recorde no Centro-Oeste americano, com chuvas esperadas para os próximos 6 a 15 dias. Relatórios semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmam a alta histórica das classificações de safra, reforçando a expectativa de uma colheita recorde.
 

Nesta terça, o vencimento setembro/25 caiu 4,5 pontos, cotado a US$ 3,99. Dezembro/25 recuou 4,25 pontos, a US$ 4,18. Março/26 baixou 4 pontos, para US$ 4,35, e maio/26 perdeu 3,75 pontos, valendo US$ 4,46.
 

Brasil 
 

No Brasil, os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) apresentaram movimentações mistas, próximas da estabilidade. Analistas da Agrinvest apontam que o mercado doméstico é influenciado por forças opostas: "De um lado, o mercado foca na produção recorde de milho safrinha e na lentidão do programa brasileiro de exportação. Por outro, encontra dificuldades para originação do milho no spot diante do atraso da colheita". Essa dinâmica tem mantido os preços do milho disponível mais firmes, apesar de um cenário que pode gerar pressão de uma oferta ampla e altos custos logísticos no curto prazo.
 

O contrato setembro/25 na B3 subiu 0,35%, para R$ 65,30. Novembro/25 teve alta de 0,09%, a R$ 68,21, e janeiro/26 avançou 0,03%, para R$ 72,10. O vencimento março/25, no entanto, recuou 0,13%, cotado a R$ 74,90. No mercado físico, poucas mudanças foram observadas, com valorização apenas em Sorriso/MT e quedas em São Gabriel do Oeste/MS e Itapetininga/SP.

 

 


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