O Brasil terá uma grande estrutura na Conferência do Clima COP 26, em Glasgow, Escócia, em novembro. A afirmação é do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, ao ser questionado na Frente Parlamentar da Agricultura, da Câmara dos Deputados.
O país vai ter um espaço com toda a infraestrutura na capital da Escócia e, ao mesmo tempo, um estúdio em Brasília que vai fazer transmissões virtuais. O ministro disse também que o Brasil vai pressionar os países ricos enviarem mais que os US$ 100 bilhões prometidos em 2015 para o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e que segundo ele, nunca chegaram. As informações são do site do Canal Rural.
Joaquim Leite disse também à Frente Parlamentar que vai “posicionar claramente o Brasil como um país sustentável, que preserva florestas, utiliza energias renováveis e tem metas ambiciosas nas reduções de gases de efeito estufa”. Ele diz que “a ideia é levar pequenos casos de empreendedorismo e mostrar que o Brasil tem várias ações reais de empreendedores que desenvolvem atividades com sustentabilidade”.
O deputado Sérgio Souza, que preside a Frente (MDB) afirmou ao ministro que a bancada apoia o Ministério. O Cana Rural informa que o ministro disse que “não há e nunca deve haver competição entre produção de alimentos e conservação do meio ambiente, estamos umbilicalmente ligados. Não haverá vida humana sobre o planeta sem alimentos e sem um meio ambiente equilibrado”.
Itamaraty
Um dos objetivos do Ministério das Relações Exteriores é levar à COP a verdadeira face do agronegócio brasileiro, que amplia a produtividade sem aumento de área plantada e sem agressão ao meio ambiente. A afirmação é do ministro das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães.
Fernando Simas revela que “nas últimas décadas, demos grandes demonstrações da nossa capacidade de consolidar a produção com preservação ambiental. Esse é um importante setor econômico, um dos pilares da economia nacional, e terá certamente uma importante contribuição nos compromissos que assumimos sobre o Acordo de Paris”, reproduz o site especializado.
Marcos Montes, Secretário-executivo do Ministério da Agricultura, diz que o Brasil vai aproveitar o momento e negociar “o ativo verde e mostrar que o país tem uma agricultura sustentável e o Código Florestal mais severo do mundo”.
Ele ainda aproveitou o encontro com a Frente para lembrar que “há pouco tempo atrás nós não vendíamos o produto, nós não sabíamos negociar. Agora a agricultura inverteu o quadro. Somos produtores e vendedores mundiais”.
Ele se referiu ao programa CPR Verde, lançado na última sexta-feira, 1°.
Metas relacionadas pelo país para alcançar até 2030, segundo o Canal Rural
Reflorestar em 12 milhões de hectares e reduzir os desmatamentos
Recuperar os 15 milhões de hectares de pastagens degradadas
Ter 45% da energia elétrica proveniente de fontes renováveis
Produzir sem desmatar
851,6 milhões de hectares é a área do Brasil.
Apenas 39,0% da área são propriedades rurais
8% são lavouras e florestas plantadas
11,3% pastagens nativas
19,7% – pastagens plantadas
66,3% são vegetação protegida e preservada
13,1% são vegetação nativa em unidades de proteção, 13,8% em terras indígenas, 18,9% em terras devolutas e não cadastradas
20,5% da vegetação preservada estão nos imóveis rurais (os que mais preservam)
E 3,5% área restante são cidades e infraestrutura
Da Redação.