​Maior importador de carne aviária do Brasil vai demandar mais proteína em 2024

Aumento das importações pelos Emirados Árabes Unidos oferece oportunidades para frigoríficos brasileiros, segundo estimativas do USDA

Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura

Os Emirados Árabes Unidos (EAU), principal destino das exportações brasileiras de carne de frango em março, deverá aumentar suas importações totais do produto em 2024, apontando para oportunidades promissoras para os frigoríficos do Brasi, de acordo com análises do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

As previsões indicam um aumento de cerca de 3% nas importações de carne de frango pelos Emirados Árabes Unidos em 2024, alcançando a marca de 385 mil toneladas. Enquanto isso, a produção local de carne de frango deve crescer 7%, atingindo 60 mil toneladas, ainda insuficiente para suprir a demanda interna estimada em 445 mil toneladas.

"O Brasil deverá manter sua crescente participação de mercado", afirmou o USDA em seu relatório divulgado no final de março.

Os Emirados Árabes Unidos se destacaram como o principal comprador de carne de frango brasileira em março, importando 40,7 mil toneladas, um aumento de 16,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, o país do Oriente Médio tem demonstrado um interesse crescente pela carne bovina brasileira. No primeiro trimestre, as importações do produto brasileiro pelos EAU aumentaram impressionantes 270% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 41,1 mil toneladas. Os Emirados Árabes Unidos classificaram-se como o terceiro maior comprador da proteína bovina do Brasil, conforme dados compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec, explicou que o aumento da participação dos Emirados Árabes Unidos e da Turquia nas exportações brasileiras de carne bovina está relacionado à escolha desses países como alternativas para atender ao mercado iraniano.

"Como resultado, os embarques foram ampliados em 690% durante esse período, totalizando 9.732 toneladas em 2024", afirmou em comunicado divulgado pela entidade na semana passada sobre as exportações para a região.