O mercado físico do boi gordo registrou queda nas cotações em diversas regiões do Brasil nesta quarta-feira (25), com destaque para os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, a frente fria recente contribuiu para o aumento da oferta de animais, acelerando as escalas de abate nesses estados. O mesmo cenário foi observado em Rondônia, onde os negócios vêm sendo fechados por preços mais baixos.
Apesar da pressão de baixa, as exportações continuam sendo uma variável relevante, com desempenho expressivo ao longo de 2025. Os dados do setor indicam possibilidade de novo recorde, tanto em volume quanto em receita, o que tem sustentado algum otimismo no mercado mesmo diante da maior oferta interna. As oscilações de preço têm sido pontuais, mas refletem o momento de maior pressão sobre as negociações.
As cotações médias da arroba do boi gordo nesta quarta foram as seguintes: São Paulo fechou em R$ 320,58 (ante R$ 322,08 no dia anterior), Goiás em R$ 302,50 (de R$ 304,11), Minas Gerais em R$ 310,29 (ante R$ 307,94), Mato Grosso do Sul em R$ 316,93 (de R$ 321,14) e Mato Grosso em R$ 322,50 (ante R$ 323,85). As retrações confirmam o avanço das escalas e o menor apelo ao consumo na segunda quinzena do mês.
No mercado atacadista, os preços mantiveram certa estabilidade, mas a expectativa é de novas quedas no curto prazo, em razão do ritmo lento de reposição entre atacado e varejo.
Segundo Iglesias, os consumidores têm preferido proteínas mais acessíveis, como frango, ovos e embutidos, o que reduz a pressão de demanda por cortes bovinos. Os preços médios ficaram em R$ 23 por quilo no quarto traseiro, R$ 20 no dianteiro e R$ 19 na ponta de agulha.
