O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar estabilidade nos preços nesta terça-feira (24), em meio à atuação dos frigoríficos para conter movimentos de alta. A avaliação é do analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, que aponta para um cenário mais lateralizado neste momento.
Segundo Iglesias, a partir de julho deve haver maior disponibilidade de animais prontos para o abate, vindos dos confinamentos. Isso deve gerar maior conforto nas escalas dos frigoríficos, reduzindo a necessidade de pressionar as cotações para cima.
Do lado da demanda, o destaque continua sendo o mercado externo. As exportações seguem em ritmo elevado, com expectativa de recordes tanto em volume quanto em receita, o que sustenta o setor mesmo diante da acomodação de preços no mercado interno.
No mercado atacadista, os preços também mostram pouca movimentação. “A reposição entre o varejo e o atacado está lenta, o que limita reajustes. Além disso, a população vem priorizando o consumo de proteínas mais acessíveis, como frango, ovos e embutidos”, observa Iglesias.
Em relação aos preços médios da arroba do boi gordo, São Paulo registrou R$ 322,08; Goiás, R$ 304,11; Minas Gerais, R$ 307,94; Mato Grosso do Sul, R$ 321,14; e Mato Grosso, R$ 323,85. No mercado de cortes, o traseiro permanece em R$ 23 por quilo, o dianteiro em R$ 20 e a ponta de agulha em R$ 19.