Alta do real impulsiona preços do café nas bolsas internacionais

Moeda brasileira valorizada desestimula exportações e sustenta cotações; colheita avança no país e pressiona mercado futuro

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
10/06/2025 08h30 - Atualizado há 22 horas

Os preços do café fecharam em alta nas principais bolsas internacionais na segunda-feira (9), puxados pela valorização do real frente ao dólar, que atingiu sua maior cotação em oito meses. Esse movimento torna as exportações brasileiras menos atrativas e ajuda a sustentar os preços futuros.
 

Mesmo com a pressão causada pelo avanço da colheita no Brasil, o mercado reagiu positivamente à perspectiva de demanda aquecida e à recomposição dos estoques globais. Dados da StoneX apontam que 31,8% da safra brasileira já foi colhida, o que representa 20,5 milhões de sacas no mercado.
 

O analista Fernando Maximiliano, da StoneX, destacou que, embora haja uma quebra na safra de arábica, o aumento na produção de robusta deve equilibrar a oferta. Ainda assim, o cenário permanece apertado, com estoques baixos e demanda internacional firme.
 

Relatório da Pine Agronegócios apontou aumento na competitividade do conilon brasileiro, cujo diferencial de preço superou o do Vietnã. Isso tem atraído compradores internacionais, que aproveitam os preços baixos para recompor estoques — fator que pode conter quedas mais acentuadas nas cotações.
 

No mercado interno, os preços também subiram. Em Minas Gerais, o arábica tipo 6 fechou cotado acima de R$ 2.300,00/saca. O cereja descascado também teve alta, com destaque para Poços de Caldas, onde chegou a R$ 2.820,00/saca. A comercialização da nova safra segue ganhando ritmo em diversas regiões.

 

 


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