O mercado da soja começou a última semana de maio em ritmo lento no Brasil. A principal razão foi o feriado do Memorial Day nos Estados Unidos, que fechou a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira (27) e interrompeu as negociações no principal centro de formação de preços da oleaginosa no mundo. Sem essa referência internacional, o mercado físico brasileiro operou com cautela e baixo volume de negócios.
De acordo com o consultor Rafael Silveira, da Safras & Mercado, os produtores seguem retraídos, aguardando melhores oportunidades para comercialização. Com isso, a movimentação foi tímida nas principais praças de negociação do país. Em várias regiões, os preços se mantiveram estáveis ou tiveram apenas leves variações, reflexo da menor disposição de venda e da escassez de ofertas.
No Rio Grande do Sul, a saca de 60 kg da soja caiu de R$ 130 para R$ 128 em Passo Fundo e de R$ 131 para R$ 129 em Santa Rosa. Já no Porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 135. No Paraná, a cotação subiu discretamente em Cascavel, de R$ 129 para R$ 129,50, e se manteve estável no Porto de Paranaguá, em R$ 135.
No Centro-Oeste, os preços também tiveram pouca movimentação. Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 115. Em Dourados (MS), houve leve alta de R$ 118 para R$ 119. Já em Rio Verde (GO), o valor permaneceu em R$ 118. A ausência de uma tendência clara contribuiu para esse cenário de estagnação nas cotações.
Enquanto o mercado da soja andava de lado, o dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,53%. A moeda norte-americana foi negociada a R$ 5,6756 para venda e R$ 5,6736 para compra, oscilando entre a mínima de R$ 5,6350 e a máxima de R$ 5,6780 ao longo do pregão. O câmbio, embora mais valorizado, não foi suficiente para impulsionar os preços internos da soja diante da falta de atividade no mercado internacional.